Bhagavad Gita significa “A canção do Senhor”. É uma canção, uma obra de arte; e ao mesmo tempo uma escritura sagrada que trata da Verdade!
O Gita, como o chamam afetuosamente na Índia, é o texto sagrado mais conhecido e amado nesse país.
É chamado de ”A Bíblia Hindu”.
As Verdades são ensinadas no Gita com extrema clareza e justamente por isso, abrem espaço para a reflexão.Penetrar na essência desses escritos é um caminho longo e de profunda transformação.
Acredita-se que o Bhagavad Gita tenha sido escrito no primeiro milênio a.C., e posteriormente inserido em um trabalho mais vasto e bem mais antigo, o Mahabharata.
Na Índia existem os Puranas que contêm as histórias das vidas de várias encarnações, ou manifestações vivas da Força Criadora do Universo.
Entre os Puranas existem os chamados Maha Puranas: o Mahabharata e o Ramayana. Esses dois Maha Puranas estão entrelaçados de modo tão profundo na cultura, na vida e no pensamento da Índia que um erudito disse:”O Mahabharata e o Ramayana são a Índia.”
Sob um aspecto o Mahabharata é o estudo histórico de um reino,mas sob outro aspecto, é o estudo simbólico de todas as interações humanas, de todas as emoções e motivações do ser humano.
No meio do Mahabharata encontramos o Bhagavad Gita, que diz-se conter”a essência do Hinduísmo”.
O Gita oferece uma prática de ação no mundo, como um caminho para chegar ao Eu Real.
O Gita delineia uma série de práticas que juntas, formam um yoga completo para vivermos nossas vidas como um ato espiritual.
Venho estudando e meditando no Bhagavad Gita todos os dias , desde 2014.
Ele me revela nuances diferentes a cada leitura, numa linguagem de beleza e simplicidade , que me leva mais fundo dentro de mim , numa espiral infinita.
Hoje percebo com profundidade, as mudanças graduais e definitivas, que vão me conduzindo para uma consciência mais viva e presente no meu dia a dia; uma compreensão maior do que é essa vida e qual o seu propósito.
Mahatma Gandhi escreveu sobre o Gita: “ Quando as dúvidas me assaltam, quando os desapontamentos me encaram e não vejo nenhum raio de esperança no horizonte, volto-me para o Bhagavad Gita e encontro um verso que me conforta, imediatamente começo a sorrir em meio a uma tristeza avassaladora. Aqueles que meditam sobre o Gita, nele encontrarão uma alegria renovada e novos significados a cada dia.”
Essa fala de Gandhi reverbera em mim, faz vibrar a alegria de me descobrir e descobrir o mundo no Gita!
O Gita desenhou para mim, o caminho de uma nova relação com a vida. Todo conhecimento do Cosmos está condensado no Gita.
O caminho de expansão da consciência revela que essa vida é mais do que dar conta das tarefas diárias: trabalhar, comer , ter alguns momentos de prazer e dormir.
Entrar nessa roda, que se repete mecanicamente todos os dias, nos aprisiona numa pequena parte de nós mesmos e acaba nos fazendo esquecer quem somos verdadeiramente.
Vivemos muito tempo da nossa vida neste sonambulismo.
Conhecer o Bhagavad Gita é um caminho de despertar.
À medida que percebemos a nossa verdadeira natureza , ultrapassamos as velhas definições de quem somos.
O Gita nos conta através de Krishna, que o homem possui uma dupla natureza: o Ego, que muda o tempo inteiro e o Eu Superior, que é eterno.
Krishna nos mostra um caminho que é o Yoga, para sairmos dessa identificação com o corpo físico e da ilusão, que nos mantém nessa identidade densa e limitada.
Esse caminho nos ensina a Sabedoria e também ações práticas para vivermos essa Sabedoria em nossas vidas.
O Gita é Krishna e Krishna nos leva de volta ao nosso eu interior.
Ao nos sintonizarmos com a percepção interna da verdade, acessamos a intuição para compreender esses ensinamentos sagrados.
O Bhagavad Gita foi escrito pelo sábio Vyasa, numa linguagem de metáforas e alegorias, entremeando fatos históricos com verdades espirituais e psicológicas, num cenário de agitadas batalhas interiores que precisam ser travadas por cada um de nós , a cada momento nessa vida.
Esses conflitos internos são revelados no diálogo entre Krishna ( uma encarnação do divino), e Arjuna ( o buscador da verdade), antes do início da grande Batalha de Kurukshetra.
Arjuna com ânimo sólido e acirrado, se abre para escutar em seu interior a voz e a música da Sabedoria do Espírito.
O pano de fundo histórico da batalha e dos guerreiros e exércitos, ilustram a batalha espiritual e psicológica entre o intelecto discernidor puro, em sintonia com a alma, e a mente cega, dominada pelos sentidos sob a influência enganosa do ego.
Então, a mensagem atemporal do Gita não se refere apenas a uma batalha histórica, mas ao conflito cósmico entre o bem e o mal.
O Gita revela que nossa breve passagem na Terra , envolve a luta entre o conhecimento e a ignorância, a saúde e a doença, a imutabilidade e a transitoriedade, o autocontrole e as tentações, o discernimento e a mente sensorial cega.
O Conhecimento, a Imutabilidade, o Autocontrole e o Discernimento nos liberta da submissão e obediência ao Ego , dos condicionamentos e automatismos , nos leva a um Re-nascimento para outro modo de ser.
O Maha Lilah, um jogo indiano de autoconhecimento, nasceu no coração da espiritualidade Indiana, tão divinamente e lindamente, bem colocada no Bhagavad Gita.
Aqui começa essa grande brincadeira, o jogo da vida. A revelação da unidade entre o Espírito e a Natureza, que quando dançam juntos na criação apresenta o divino lilah.
O jogo do Maha Lilah é um caminho de volta à união entre a Natureza e o Espírito, uma volta à nossa fonte: a Consciência Cósmica.
O tabuleiro do jogo, criado pelos sábios na antiguidade, é um espelho dessa luta, entre o ego e a consciência, contada por Krishna, no Bhagavad Gita.
È também,um caminho de conhecimento das Leis que ordenam e regem o Universo e do propósito desta vida na Terra. Se conhecemos as leis do jogo, temos mais chance de chegar à Felicidade verdadeira que buscamos.
O tabuleiro com suas 72 casas, dispostas em 8 fileiras de 9 casas cada uma, que representam qualidades de enrgia da nossa consciência, nos conta que ao nascermos nessa vida somos envolvidos pela força de Maya; a ilusão que nos faz acreditar que somos esse corpo físico e nos prende no esquecimento da alma, que verdadeiramente somos.
O jogo é esse caminho passo a passo, no tabuleiro, em direção à verdade.
Um caminho de desidentificação com a separatividade e a parte.
Por exemplo, muitas vezes a emoção da raiva, da cobiça ou do ciúme nos toma e turva a nossa percepção da realidade.
Tudo o que estamos vivendo e experimentando naquele momento, fica encoberto pelo véu dessas emoções e nos torna “cegos”. Nessa hora, qualquer escolha ou decisão que tomarmos pode ser movida pela distorção. E provavelmente, nos trará sofrimento.
O Maha Lilah foi criado na India, em um momento em que as pessoas estavam mergulhadas na ignorância, bem distantes de sua verdadeira natureza.
Através do jogo, de uma maneira lúdica, podemos ir nos desidentificando do Ego e lembrando do Espírito que somos e que permeia todo o Cosmos.
Jogar é uma uma “conversa “ entre a Natureza e o Espírito que somos.
Você já pensou sobre isso?
Venha experimentar o jogo Maha Lilah e se lembrar da sua verdadeira identidade!