O que eu quero e qual o meu maior compromisso nessa vida?
Quando temos um compromisso no nosso coração, focamos, damos atenção e nutrimos com força de vontade aquilo.
Você tem clareza sobre o seu maior compromisso e investe sua energia nele?
Todos nós buscamos segurança e prazer, mas ainda assim nos falta algo que não sabemos o que é…a maior parte das pessoas se reduz a buscar segurança e prazer.
Algumas pessoas buscam algo a mais, buscam a libertação da sensação de que “está faltando alguma coisa e eu não sei bem o que é”.
Essa busca está descrita nos Vedas como a eterna busca do homem.
A palavra Veda significa conhecimento. Os Vedas são as escrituras hindus, livros de Sabedoria tanto material quanto espiritual.
O Maha Lilah é um jogo indiano, criado com base nos Vedas, jogá-lo nos mostra com clareza a natureza do que buscamos e os recursos para encontrar esse lugar livre de limitações.
Para buscar e entender o que buscamos e poder encontrar plenitude e felicidade, o instrumento que temos é a mente.
A mente nos dá muitos problemas e também é a ferramenta de solução dos problemas.
Na Bhagavad Gita Arjuna reclama exatamente dela:
” A minha mente é agitada, tem dificuldade de focar, vai para muitos lugares mesmo quando decido que não vou pensar mais nessas coisas. Ela tem uma autonomia e pensa coisas que não quero pensar”.
Isso acontece na mente de todas as pessoas!
A mente é algo muito difícil de controlar e oscila o tempo todo.
A mente é nosso único problema.
O corpo não é problema, as pessoas não são o problema.
O problema são os julgamentos que a mente faz de todas essas coisas, baseado no seu arquivo de memórias de experiências boas e ruins.
Quando a mente identifica no dia a dia da experiência atual, algo parecido com o que está nesse arquivo, a pessoa REAGE. Na reação ela não está presente, está presa a algo que viveu no passado.
Na reatividade, o que governa nossa mente são os “gostos” e
“aversões “, baseados na nossa experiência passada.
Precisamos conhecer, integrar e aprender a conviver com essas memórias de experiências passadas, dentro de nós.
A mente é uma ferramenta, um instrumento de emoções, conhecimentos e de transação no mundo.
Não somos a Mente!
A mente e eu não somos iguais. Ela é um instrumento que precisamos conhecer e aprender a lidar, usando- a a nosso favor.
Não podemos fugir da mente, é através dela que nos relacionamos com a gente mesmo, as pessoas e o mundo.
Então, precisamos tê-la nas nossas mãos e não ficar à mercê dela.
Ao aprendermos a controlar nossos pensamentos , alimentamos nosso autocontrole e deixamos de reagir às situações externas; e não nos perdemos de nós mesmos nem diante da maior provocação.
Na Bhagavad Gita, Krishna nos conta que quem conquista a mente conquista o mundo.
A felicidade é criação da nossa mente, podemos constatar isso constatar isso quando percebemos que conseguir algo importante e que queríamos, depois de um tempo essa conquista perde o valor.
“Analisando bem , percebi que o único prazer que eu encontrava em alguma coisa era o que minha mente atribuía. Se retirava a atenção, o fascínio dos objetos desaparecia. Vi assim que o PRAZER É INTERNO, um conceito da mente de cada um. A beleza da posse mais valiosa, que pode estsr bem à sua frente, desaparece quando os pensamentos dela se retiram. Apenas quando você focaliza sua mente é que percebe o encanto. Portanto é razoável dizer que dentro de nós, e não fora, reside quase toda felicidade que buscamos”
“A Eterna Busca do Homem”
Yogananda
Isso explica porque alguém que mora em uma casinha pode ser mais feliz do que alguém que mora em um castelo.
Explica também porque alguém que fica sabendo de uma doença grave, acolhe isso com amorosidade e como um desafio, podendo chegar à cura.
Enquanto outros encaram como algo muito difícil e injusto, e morrem.
É incrivelmente libertadora essa percepção de que você pode mudar o seu mundo, modificando seus padrões de pensamentos; ampliando as fronteiras da sua mente, expandindo a conciência que nos diz que as coisas que nos causam sofrimentos e Felicidade estão dentro de nós!
Somos muito maiores do que nossa mente.