ESPADA SUDHARMA
A sexta espada do jogo é Sudharma e está na casa 28, localizada
na primeira casa da quarta fileira do jogo, no tabuleiro do Maha Lilah.
Aqui é o chakra do coração, onde nascem os desejos mais puros e amorosos.
Nesse nível do jogo, o jogador já conhece as leis que regem o Universo.
Ele sabe que suas ações produzem efeitos pelos quais terá que responder.
Tem consciência de seus padrões mentais negativos e que é preciso se conectar ao coração, onde suas boas tendências e o seu maior propósito nessa vida, estão assentados.
O Sudharma é o Dharma pessoal, aquilo que só aquele indivíduo pode contribuir para o mundo.
Nenhum ser humano é igual. Todos nascem com um conjunto de defeitos e qualidades, que lhe conferem um talento único a ser expressado e colocado no mundo!
Nessa casa, o jogador já sabe qual é seu papel no mundo. E sabe também que deve buscar evoluir sempre, com desapego e consideração à todos, evitando praticar o mal , prejudicar os outros e maltratar o planeta.
Sudharma o leva à casa 50, no sexto chakra, ao plano da austeridade, onde o jogador aprofunda o autoconhecimento e o trabalho duro sobre si mesmo.
ESPADA DO DISCERNIMENTO
A sétima espada do jogo é a tomada de consciência, está na
casa 37, o discernimento.
Gyana é o conhecimento verdadeiro.
Discernir entre o que é certo e o que é errado, e ter clareza de como fazer o certo e evitar o mal , no dia a dia, é uma habilidade que o jogador que chega a essa casa , já possui.
Aqui é a primeira casa da quinta linha do tabuleiro do Maha Lilah, onde o que está em jogo é o conhecimento verdadeiro e a expressão da verdade no mundo.
Gyana é conhecimento, não é realização.
Aqui o jogador compreende as leis do jogo da vida e conhece os meios de sintonizar-se a elas.
Já está no equilíbrio da consciência clara e conhece internamente sua verdadeira identidade, sabe que é Espírito.
Mas ainda tem que se libertar de tudo aquilo que obscurece sua mente e que o prende à ilusão.
Ainda há muito a aprender, todos os dias a vida nos apresenta lições, devemos usá-la no nosso aprimoramento e saída dos condicionamentos que nos prendem aos mesmos comportamentos diante das várias situações.
Cultivar a auto-análise é parte importante na habilidade de discernir, tornando cada vez mais as ações na nossa , movidas pelo conhecimento correto.
Aqui o jogador já está na essência de si mesmo, sabe que não é essa forma material, mas ainda necessita passar por uma transmutação para chegar à Consciência Cósmica.
ESPADA DA SABEDORIA
A oitava espada do jogo é Suvydia, o Conhecimento correto.
A casa da sabedoria é a última casa da quinta linha do jogo, regida pelo éter, o elemento unificador da consciência ao campo vibratório sutil que nos cerca.
Nessa casa já temos a compreensão das leis que regem o universo e podemos viver de acordo com elas.
O conhecimento e a experiência no caminho até aqui nos livraram das amarras aos papéis que desempenhamos nessa vida, nos abrimos à consciência da nossa verdadeira natureza.
Saímos do centro do nosso ser e passamos a vibrar na pulsação do Universo.
Alcançamos um grau maior de unidade entre o que acontece dentro de nós e as situações que vivemos.
O verdadeiro conhecimento não é uma simples informação, é algo que resulta da prática e experiência.
A sabedoria nos traz a compreensão de camadas profundas do nosso Ser, que revelam a intuição, a voz que vem da alma.
Aqui nos tornamos cientes da verdade.
Conhecer a verdade e colocá-la em prática na nossa vida é sabedoria.
A ignorância é a causa de todo o sofrimento.
Curar a mente da ignorância, cura nosso corpo e nossa alma também.
É por isso que essa espada nos leva à casa 67, o Bem cósmico. A casa de Shiva, o grande transmutador do desejo.
E nos coloca na oitava linha do jogo, a um passo da Consciência Cósmica.
ESPADA DA CONSCIÊNCIA
Essa é casa 46, a primeira casa da sexta linha do jogo, que leva o jogador à casa 62, da felicidade verdadeira.
Aqui a energia é a visão do terceiro olho, que nos conecta intimamente à Consciência Suprema.
A consciência é a voz da sabedoria interior. A casa 45 da Sabedoria , é uma casa antes e essencial para chegarmos à consciência, Vivek.
A consciência nos livra da confusão entre o que é real e o que é irreal.
Os objetos percebidos pelos sentidos dão toda a aparência de serem reais e alimentam nossa identificação com os sentidos e objetos mais grosseiros, nos prendendo à ilusão de que somos esse corpo físico.
A Consciência nos tira dessa confusão e nos conecta à percepção das forças mais sutis que sustentam nossa vida aqui na Terra.
Ao adquirirmos o discernimento de que as situações que mudam o tempo todo, não podem ser reais, e que aquilo que nunca muda é a verdadeira realidade, torna-se possível, nos estabelecermos na calma que vem da alma. E criar um estado de tranquilidade interna pra lidarmos com as situações favoráveis e desfavoráveis que se sucedem o tempo todo, no nosso dia a dia.
Na consciência, saímos do beco sem saída, dos altos e baixos, que as situações temporárias nos colocam.
Essa clareza de consciência só pode ser experimentada na quietude e no silêncio, aí mora a consciência divina da alma.
” Dentro de cada um de nós existe um templo se quietude, que não permite a intrusão das agitações do mundo”
Yogananda
Precisamos criar diariamente momentos de solidão e quietude, para conhecermos esse santuário interior, é aí que estão as respostas que buscamos.
Meditar é um caminho de acesso, e nesse recolhimento podemos nos perguntar:
“Como dar um sentido maior pra minha vida?”
“Há uma resposta para o vazio que sinto inúmeras vezes, mesmo quando realizo um desejo?”
“Onde está o amor que não consigo achar?”
É então, que passamos a ouvir a voz da consciência , a intuição infalível, que transforma a nossa vida e nos leva à casa 62, a felicidade verdadeira. Aquela que não depende de situações externas agradáveis, para existir.
A alegria é um sentimento que vem de dentro, da calma e da leveza da alma.
Nessa tranquilidade, enxergamos com clareza o caminho e os passos percorridos, as conquistas e superações.
E finalmente, podemos sentir a força, a sabedoria e alegria que nossas almas anseiam.
ESPADA DA DEVOÇÃO
Essa é a décima espada do jogo, Bhakti, a devoção é o caminho mais curto para experimentar o Divino.
Depois da casa 53, o plano da água , o jogador se torna puro e compreende o valor real do jogo.
Sabe que o amor está acima de tudo.
Compreende o que existe e o que aparenta existir.
Aqui tudo tem o mesmo valor , o mais grosseiro e o mais sutil, pois a dualidade deixa de existir, não há julgamento, todos os aspectos bons e maus fazem parte da vida e do desenvolvimento, rumo à Unidade.
O caminho em direção à Consciência Cósmica, se torna direto, ao juntarmos o discernimento à Devoção.
O discernimento é o aprendizado para fazer as coisas que devemos, no momento certo.
A Devoção acrescenta a confiança, a fé e a entrega às nossas ações. Elas se tornam sagradas e cheias de sentido .
Um sentido muito além do ego.
Por exemplo, quando fazemos nosso trabalho com dedicação e amor, ele se torna sagrado. Assim, podemos conquistar o mundo e apreciar desde ações mais simples, até as mais complexas.
Sentimos a presença do Divino em tudo e em todos, e nossos pensamentos e sentimentos tomam a forma do amor.
Então, o Divino se torna presente em todas as experiências da vida do jogador.
Essa presença se torna tudo!
Nada que tinha importância antes, importa agora…o jogador já pode deixar o jogo .
Os obstáculos e desafios perdem o valor, os relacionamentos humanos também.
O amor constrói a grande ponte de ligação com a verdade mais profunda de si mesmo.
Essa espada nos pede a entrega, com fé e abertura.
É então, que uma forma se transforma em toda forma… e nessa energia do Amor Divino, o jogador é levado à casa 68, a casa de Vishnu, a Consciência Cósmica.
O jogo da vida acaba aqui.